sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Incerteza


Entrando em uma rua de rosas,
deixando tomar conta toda a insanidade,
a felicidade está batendo na porta,
mas, você sempre prefere a infelicidade,
uma briga incessante por ossos e pele,
o canto dos corvos anuncia a guerra,
o canto dos anjos anuncia a paz,
a alma anuncia o amor,
e o coração sente dor.
O olhar penetrante,
o silêncio dos corredores,
a tradução dos gestos,
a procura apenas por um pouco de afeto.
aquele que te quer bem, está a espera,
quanto tempo vai demorar?




sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Com os olhos fechados


A cidade dorme agora, os pensamentos se envaidecem,
minha alma está respirando lentamente,
quero poder flutuar, mas, estou sem boas sensações pra isso,
O que vem de fora?, o que está dentro?,
alguém quebrou o silêncio,
onde descansarei da guerra agora?,
Um corpo perdido, um ombro amigo,
talvez eu queira respirar por você,
ou apenas entender para o que você quer viver,
Feche os olhos e abra a mente,
eu posso te tocar agora,
posso fazer o seu coração pulsar,
sem que você precise conhecer o real,
Talvez eu possa abstrair o que te faz evitar,
aquilo que sente as pessoas que podem flutuar,
vou me desconectar agora,
deixarei um neon aceso, para que você possa me encontrar.













terça-feira, 28 de julho de 2009

Vazio


O por do sol, as mesmas pessoas, a estrada, os sonhos,
Conversas jogadas fora, um olhar visto pela janela,
A parada para acordar, e o estacionamento, o caminho até o vazio,
onde me sinto vazio, imensamente vazio,
O que eu quero está distante, isso não é meu sonho, é puro dever,
não sei o que estou vivendo, Só sei que estou respirando,
respirando o ar poluído da obrigação de construir o sentido,
Eu não vou me apegar a figuras de linguagem,
ainda não sei bem o que quero, mas, sei o que não quero,
O pequeno não está nos meus planos,
Aliás, eu não tenho um plano, mas, eu gostaria de ter,
as pessoas dizem que planos caem em vão,
mas, pessoas também caem em vão,
Aqui eu não quero viver, quero coisas mais vivas,
sentir o cheiro da verdadeira vida, ver e poder tocar o mundo,
Não faz sentido estar em uma prisão ao ar livre,
apenas observar e ser observado,
Quero ficar um pouco acima do chão,
ouvir o telefone tocar, ouvir uma doce voz me tocar,
quero adormecer em bons sonhos,
não quero mais viver um antigo pesadelo,
A vida é nova agora, as coisas devem ser novas,
eu tenho a juventude e quero a plenitude,
coisas superficiais estão fora dos planos que ainda não tenho,
viver é compreender tudo o que está a nossa volta,
e nos livrar daquilo que nos faz mal.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Eternamente sem querer


Hoje me encontro em um oceano de ilusões,
as horas passam, e posso ouvir a chuva lá fora,
talvez com ela uma vida indo embora,
um grande amor, ou promessas de bocas malditas.
Um poeta morreu esta noite, o grande amante dormiu,
e talvez uma outra forma dele tenha despertado.
Talvez ele mude de casa, trabalho, amigos, mas, deve mudar antes a sua razão,
entre o profeta e o apaixonado preferiu a solidão de contar nos dedos
o que espera a bela adormecida? dormira eternamente,
Tudo é vago, e sofrer faz parte dos nossos medos
A esperança ainda faz parte da mente,
Mas o coração não resisti, desisti
Apenas suspirar em um abraço eterno era o que queria
Hoje tanto faz, desde que o suspiro o satisfaça
Ele quer apenas ver o por do sol,
sentir a brisa, diminuir a dor,
a dor da sina, a sina de ser um eterno apaixonado sem querer.