O por do sol, as mesmas pessoas, a estrada, os sonhos,
Conversas jogadas fora, um olhar visto pela janela,
A parada para acordar, e o estacionamento, o caminho até o vazio,
onde me sinto vazio, imensamente vazio,
O que eu quero está distante, isso não é meu sonho, é puro dever,
não sei o que estou vivendo, Só sei que estou respirando,
respirando o ar poluído da obrigação de construir o sentido,
Eu não vou me apegar a figuras de linguagem,
ainda não sei bem o que quero, mas, sei o que não quero,
O pequeno não está nos meus planos,
Aliás, eu não tenho um plano, mas, eu gostaria de ter,
as pessoas dizem que planos caem em vão,
mas, pessoas também caem em vão,
Aqui eu não quero viver, quero coisas mais vivas,
sentir o cheiro da verdadeira vida, ver e poder tocar o mundo,
Não faz sentido estar em uma prisão ao ar livre,
apenas observar e ser observado,
Quero ficar um pouco acima do chão,
ouvir o telefone tocar, ouvir uma doce voz me tocar,
quero adormecer em bons sonhos,
não quero mais viver um antigo pesadelo,
A vida é nova agora, as coisas devem ser novas,
eu tenho a juventude e quero a plenitude,
coisas superficiais estão fora dos planos que ainda não tenho,
viver é compreender tudo o que está a nossa volta,
e nos livrar daquilo que nos faz mal.